As eleições para a Assembleia Legislativa da Bahia só vão acontecer no ano que vem, mas nos bastidores da Casa as bancadas começam a se articular e alguns acreditam que a tendência é que o atual presidente da Alba, Marcelo Nilo (PSL), concorra ao sexto mandato. A permanência de Nilo seria um pedido dos aliados, já que é um dos que mais conhecem os regimentos da Casa e conhece as brechas do Regimento Interno, além de dificilmente se envolver em confrontos diretos. “Ainda não tratamos desse assunto, normalmente nós fazemos uma reunião e a decisão é do coletivo. O assunto não entrou em nenhuma das nossas pautas, mas isso que se fala dele (habilidade nas questões da Casa) é verdade. São cinco mandatos e ele domina bastante. Ele sempre chama o PT para conversar, mas não sei se ele está planejando, ainda não se manifestou”, disse a deputada Luiza Maia, vice-líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, durante conversa com a Tribuna.Já o líder da maioria, deputado Zé Neto (PT), se esquivou do tema. Para Neto, uma nova candidatura vai depender das aspirações de Nilo. “Marcelo tem uma boa relação comigo, não sei qual a pretensão dele, mas isso vai muito com o que ele quer, mas eu prefiro não discutir isso agora, não está no meu radar. Ele faz uma boa gestão, tem uma boa relação comigo, mas eu não sei o que ele está pensando da eleição”, afirmou o petista. Entre os deputados da bancada de oposição, o tom é o mesmo, de que a decisão ainda não foi tomada. Em contato com a Tribuna, o deputado Sandro Régis (DEM), desconversou sobre o assunto e afirmou que as conversas só vão ser iniciadas entre as lideranças a partir do final de novembro. Ele afirmou ainda que a oposição não está aliada com nenhum candidato.“Ainda não temos nenhum posicionamento. Ainda está muito cedo para tudo isso, só vai ser discutido lá para o final de novembro, dezembro. Não temos alinhamento automático com ninguém, nem descartamos ter um nome na disputa. Nós vamos nos reunir, toda a oposição, para discutir o assunto. Temos os nossos líderes, o nosso líder maior que é o prefeito ACM Neto, a deputada Tia Eron, do PRB, o ministro Geddel (Vieira Lima), e no momento certo vamos ter uma decisão”, disse ele. Nilo não foi encontrado pela reportagem.
Tribuna da Bahia
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