Devido a envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, a modelo Taiana de Souza Camargo se viu no meio da investigação da Operação Lava-jato. Na segunda-feira (13), a a ex-amante de Youssef foi indiciada pelos crimes de ocultação de bens, direitos e valores.
Como Youssef foi um dos primeiros delatores da operação, e revelou os pagamentos de vantagens ilícitas por empreiteiras a políticos, entre deputados, governadores e senadores. Porém, a modelo, primeira receber mensagem do doleiro após a prisão da lava-jato, posou na Playboy em 2015. Apesar das inúmeras tentativas da PF em ouvir a moça, nenhuma delas obteve sucesso.
“Intimada em 3 de março de 2016, não compareceu pedindo para ser ouvida por precatória. Expedida carta precatória, não compareceu às oitivas marcadas para o dia 25 de julho de 2016, apesar da intimação. Em nova intimação para o dia 6 de outubro de 2016, obteve-se a informação que se encontrava no exterior. A carta precatória foi devolvida sem cumprimento. Taiana deixou o País dia 11 de julho de 2016, retornando dia 23 de dezembro de 2016”, narra a PF.
De acordo com o delegado que investiga a operação, a modelo tinha conhecimento dos acontecimentos ilícitos de Alberto Youseff. “Era presumível que soubesse delas. Desta forma, havendo configuração clara da materialidade e autoria, pelos indícios apresentados, determino o indiciamento indireto de Taiana de Souza Camargo pelo crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores de Alberto Youssef”, afirma o delegado.
Quando posou para a revista Playboy em 2015, a moça afirmou que confrontou Alberto, mas ele não assumiu. “Cheguei a confrontá-lo. Mas ele disse que essas acusações eram isso, passado, e que eu estava sendo preconceituosa. Acabou me dobrando”, contou.
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