O prefeito ACM Neto (DEM), adversário político do ex-presidente Lula, afirmou nesta quinta-feira (25), que não comemorou a decisão do Tribunal Regional Federal, que condenou o petista a 12 anos de prisão. “Não me cabia torcer nem a favor nem contra. Não comemoro esse resultado. Acho que nenhum brasileiro deve comemorar. Decisão da justiça deve ser respeitada. O TRF é absolutamente independente e blindado de questão política”, afirmou, durante a inauguração da Unidade de Saúde em Fazenda Coutos.
Indagado se o Democratas lançaria candidato próprio a Presidência da República, já que Lula está inelegível, Neto afirmou que a decisão do partido não é baseada nas atitudes dos adversários. “Sempre disse que seja uma candidatura nacional ou na Bahia ela não passaria pelo o que os nossos adversários vão fazer ou deixar de fazer. Nenhum momento contei ou deixei de contar com a candidatura do ex-presidente Lula. A possibilidade dessa candidatura não está no campo da politica, está no campo da justiça e a justiça no Brasil é independente. Então, não me cabe fazer esse tipo de comentário. Nós do Democratas vamos seguir nosso caminho, tentar construir um candidato próprio a presidência da República e apresentar um candidato ao governo do Estado. Se Lula vai ser ou não candidato, quem será o substituto, confesso a vocês que não contamos com essa variável”.
O Partido dos Trabalhadores confirmou que Lula continua candidato, mesmo após a condenação em segunda instância, confirmada nesta quarta-feira (24). Sobre o fato, o demista citou a Lei da Ficha Limpa e demonstrou confiar na justiça do Brasil. “A lei da ficha limpa é muito clara. O candidato não pode ter contra si uma condenação de colegiado. É o que está na lei. O PT pode desenvolver a estratégia que quiser, mas tenho absoluta certeza que o poder judiciário está ai para garantir o cumprimento das leis. Lei que foi encaminhada e votada no momento que, inclusive, o PT estava no poder. A lei é uma só, vale para todo mundo”, disse o prefeito de Salvador.
Ainda conforme Neto, o PT lançando ou não candidato, o grupo adversário será vitorioso. “Sempre achei que Lula seja ou não candidato não ganha eleição. Vamos discutir um projeto que vai dialogar com o futuro do Brasil e vai ser vitorioso. O problema do PT é com a justiça e não com a política. Nosso problema é com a política”, provocou.
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