A Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) confirmou, em nota divulgada nesta quinta-feira (22), que o clarão no céu da Bahia foi provocado por um meteoro.
Moradores de Salvador e de cidades do interior da Bahia relataram nas redes sociais, entre a noite da última terça-feira (20) e a manhã de quarta (21), que viram um clarão no céu. O fenômeno aconteceu por volta das 22h30, durou segundos e deixou as pessoas assustadas.
De acordo com a instituição, o meteoro é um fenômeno luminoso provocado pela passagem de um fragmento de rocha espacial pela atmosfera da Terra. No caso da Bahia, conforme a Bramon, o fragmento explodiu pouco tempo após passar pela atmosfera, no Oceano Atlântico, a cerca de 83 km da praia de Guarajuba, na cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador.
A situação ocorreu na noite da terça-feira (20) e assustou a população das cidades em que deu para ver o clarão. Após o fenômeno, um morador do distrito de Monte Gordo, em Camaçari, encontrou, em uma área de vegetação, um objeto que levantou a suspeita de especialistas de ser o causador do clarão.
Nesta quinta-feira, a peça foi analisada por pesquisadores do Museu Geológico da Bahia. Após a análise, os especialistas comprovaram que o objeto é composto por ferro, manganês e silício. Eles descartaram que o objeto possa ser um meteorito - que é quando o fragmento que provoca o meteoro alcança a superfície da Terra. Os pesquisadores estudam agora se a estrutura pode ser lixo espacial.
No entanto, no comunicado divulgado nesta quinta-feira, a Bramon descartou que o objeto seja lixo espacial. Por fim, ainda no comunicado, a Rede de Monitoramento negou que o meteoro ocorrido na Bahia tenha sido provocado pela queda de partes de um foguete russo, como havia suspeitado anteriormente. De acordo com a entidade, os fragmentos do foguete reentraram na atmosfera na sexta-feira (16), sobre o Canadá, 20 minutos antes de passar pelo Brasil e 4 dias antes do clarão na Bahia.
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