O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tuitou na manhã desta quarta-feira alertando a Rússia para se preparar para o possível envio de mísseis americanos para o território da Síria. A ação seria uma resposta ao ataque químico em Duma, onde morreram mais de 40 pessoas e cuja autoria os Estados Unidos atribuem à Rússia e ao governo sírio.
“Rússia promete derrubar todos os mísseis disparados para a Síria. Prepare-se Rússia, porque eles virão, lindos, novos e ‘inteligentes!’. Vocês não deveriam ser aliados de um Animal Assassino com Gás que mata seu povo e aprecia”, escreveu o presidente. O “Animal Assassino com Gás” seria uma referência direta ao presidente sírio Bashar al-Assad.
O tuíte foi uma resposta à declaração russa de que qualquer míssil lançado contra a Síria será derrubado e que seus locais de lançamento serão atacados, levantando a possibilidade de um confronto entre Moscou e os Estados Unidos. A declaração foi feita na noite de terça-feira pelo embaixador russo no Líbano.
Minutos depois, Trump também comentou sobre as relações com os russos que, segundo ele, nunca esteve pior, mesmo na época da Guerra Fria: “Nossa relação com a Rússia é pior agora do que nunca, e isso inclui a guerra fria. Não há razão para isso. A Rússia precisa de nós para ajudar com a sua economia, algo que seria muito fácil de fazer, e precisamos de todas as nações para trabalhar em conjunto. Parar a corrida armamentista?”.
A Rússia respondeu ao tuíte. O Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse que os “mísseis inteligentes” dos Estados Unidos deveriam visar terroristas e não o governo sírio. “Mísseis inteligentes deveriam voar na direção de terroristas e não na direção do governo legítimo que tem combatido o terrorismo internacional em seu território por diversos anos”, disse a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em conta no Facebook.
Ela ainda acrescentou que um possível ataque de míssil por parte dos Estados Unidos pode ser uma tentativa de destruir provas de um suposto ataque com armas químicas na cidade síria de Duma.
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