Pesquisa Datafolha realizada na semana passada mostra que 48% dos entrevistados apontam o Brasil como favorito ao título da Copa do Mundo da Rússia.
Esse percentual, porém, já foi bem maior, por exemplo, às vésperas das Copas de 2014 (68%), no Brasil, de 2010 (64%), na África do Sul, e de 2006 (83%), na Alemanha, quando o time de Ronaldo, Ronaldinho, Adriano e Robinho naufragou nas quartas de final diante da França.
Segundo o levantamento, atrás do Brasil aparecem Alemanha (11%) e Argentina, Rússia, França e Espanha, todas com 2% –31% não souberam responder e 2% apontaram outra seleção como favorita.
"Não estou empolgado [com a Copa], muito pelo resultado da última [se referindo ao 7 a 1], mas vou assistir aos jogos. Naturalmente a empolgação pode aumentar conforme o time for vencendo as partidas", diz o gerente de vendas Leandro Costa, 40.
"Não estou empolgado [com a Copa], muito pelo resultado da última [se referindo ao 7 a 1], mas vou assistir aos jogos. Naturalmente a empolgação pode aumentar conforme o time for vencendo as partidas", diz o gerente de vendas Leandro Costa, 40.
Sobre o otimismo pelo título, o que se fala nas ruas também se vê no comando da seleção.
Nesta segunda-feira (11), em Moscou, o presidente da CBF, o coronel Antônio Carlos Nunes, disse ao comando da Fifa para já preparar a taça do hexacampeonato mundial. "Disse ao [Gianni] Infantino [presidente da Fifa] que ele pode preparar a taça para o Brasil. Quero levantar a taça."
"Estou mais ou menos ansiosa para a Copa. Meus irmãos, que são mais fanáticos, estão mais que eu. No meu bairro, não pintam mais a rua como antes", diz a recepcionista Tânia Ferreira, 29.
O favoritismo apontado para a seleção bate com a aprovação do técnico Tite, há dois anos no cargo. Ele assumiu a equipe após a sequência de fracassos de Dunga.
Entre os entrevistados, 64% consideram o trabalho do gaúcho de 57 anos como ótimo ou bom, contra 13% regular, 5% péssimo e outros 18% que não souberam opinar, percentual que também indica o desinteresse pela seleção.
A aprovação atual de Tite (64%) supera a de Luiz Felipe Scolari (51%) antes do Mundial de 2002, quando levou o penta no Japão, os 49% de Dunga em 2010 e os 62% de Parreira em 2006. Fica atrás, porém, dos 68% de Felipão antes do Mundial do Brasil, em 2014.
Segundo a mesma pesquisa, 53% dos brasileiros afirmam não ter nenhum interesse pelo Mundial. No final de janeiro, o índice de desinteressados era 42%. O Datafolha ouviu 2.824 pessoas em 174 municípios na quinta (7) e sexta-feira (8), e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
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