Mulher é presa acusada de matar dois namorados envenenados com chumbinho



Uma mulher foi presa acusada de matar dois namorados envenenados com chumbinho em Itabuna, no sul da Bahia. A prisão de Wane Brenda Gonçalves de Oliveira, de 34 anos, foi divulgada na segunda-feira (11), pela delegada Magda Figueiredo, titular da Delegacia de Homicídios (DH), do município.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações mostraram que Wane utilizava o veneno para matar os parceiros assim que descobria que eles tinham intenção de terminar o relacionamento com ela.
O primeiro caso aconteceu no dia 16 de abril de 2017. Edvaldo Araújo Alves, 40 anos, que se relacionava com a suspeita há um ano, começou a passar mal na casa da namorada, por volta das 23h, e foi socorrido por ela para o Hospital de Base de Itabuna, onde morreu. Na época do crime, a morte foi atribuída a um infarto fulminante.
A delegada explicou que a família não acreditou na versão e alegava ter conhecimento de que a vítima estava insatisfeita com o relacionamento e desejava rompê-lo, fato que também era de conhecimento de Wanda.
Poucos meses depois, a mulher já estava se relacionamento com Evandro Bonfim de Souza, também de 40 anos, que se sentiu mal após ingerir um medicamento dado pela namorada. No hospital, o médico que o atendeu informou que os sintomas apresentados se assemelhavam aos mesmos por envenenamento por chumbinho.
O homem ficou internamento por nove dias e Wanda o acompanhava durante todo o tempo. No dia em que deveria receber alta médica, ele teve uma parada cardíaca e ao ser submetido a uma lavagem estomacal os médicos encontraram vestígios de uma substância semelhante ao veneno. Seu estado de saúde piorou e no dia 3 de dezembro foi constatada sua morte cerebral.
Após a morte de Evandro, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias das mortes dos dois homens. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna recolheu amostras do corpo de Evandro e encaminhou para serem analisadas, em Salvador. Já a DH/de Itabuna conseguiu autorização de Justiça para exumar o corpo de Edvaldo.
A análise, realizada pelo DPT das amostras, retiradas dos corpos das duas vitimas revelaram que ambos foram mortos com a utilização do mesmo veneno.

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