Ipirá e Pilão Arcado seguem sem substitutos de prefeitos afastados


As cidades de Ipirá, na Bacia do Jacuípe, e de Pilão Arcado, no Sertão do São Francisco, ainda não substituíram os prefeitos Marcelo Brandão e Afonso Mangueira, respectivamente. Os dois foram afastados por dez dias em decorrência da Operação Offerus , deflagrada na última terça-feira (21), pela Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU).

Ao Bahia Notícias, o procurador do Município de Pilão Arcado, Luiz Henrique do Vale, disse que a administração está evitando tomar medidas que precisem da assinatura de Afonso Mangueira. "O Município está tomando cuidado para não realizar atos vinculados que dependem do prefeito para que não haja nenhuma irregularidade", disse o procurador que informou ainda que já fez uma solicitação ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região [TRF-1], que decidiu pelo afastamento, para esclarecer a questão.

"O que foi passado através das medidas cautelares é que o prefeito estaria afastado das funções, não do mandato", completou. Em Ipirá, a situação caminha em situação parecida. Contatado pelo Bahia Notícias, o vice-prefeito José Ricardo disse que espera definição da Câmara, que pela Lei Orgânica Municipal só pode empossar o substituto após 15 dias corridos do afastamento. "A gente está esperando uma definição porque a Câmara só pode afastar após 15 dias", declarou.

Segundo a CGU, o esquema de fraude nas duas cidades teve início em 2017, e os dois prefeitos foram os únicos afastados porque "já havia provas de recebimento de valores". Além de Ipirá e Pilão Arcado, o esquema de desvio de verbas do transporte escolar, que rendia propina de R$ 50 mil aos gestores, foi registrado em Alagoinhas, Casa Nova, Conde e Jequié. Em Alagoinhas e Casa Nova, as fraudes teriam ocorrido a partir de 2009 . A operação ainda prendeu um empresário, pivô do esquema, em Salvador, com apreensão de mais de R$ 800 mil. Atualizado às 18h01.

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