PSB decide em convenção que não vai apoiar nenhum candidato à Presidência



Em convenção nacional neste domingo (5), o PSB decidiu não fazer aliança com nenhum candidato à Presidência da República. Com isso, o partido não vai repassar seu tempo de TV e não repassará nenhuma cota do fundo partidário a um presidenciável. No entanto, o presidente do partido, Carlos Siqueira, garantiu que não haverá neutralidade por parte da sigla. 

A convenção aprovou um documento em que prevê a hipótese de diretórios estaduais do partido, ou mesmo integrantes da sigla, de forma individual, apoiarem candidaturas consideradas "progressistas". As diretrizes do partido ainda colocaram uma ordem expressa. Está "rigorosamente" vetado qualquer tipo de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), vista pelo como uma "ameaça à democracia e aos direitos humanos".

"Isso [a resolução] não significa neutralidade, porque neutralidade não existe nem nas pessoas e muito menos ainda nos partidos. E seria um absurdo que ficássemos neutros diante de um cenário político eleitoral completamente atípico", afirmou Siqueira.

A votação foi simbólica, sem a contagem de votos. Havia uma segunda proposta em discussão, que era apoiar o candidato do PDT, Ciro Gomes, mas acabou derrotada.

A decisão de não apoiar presidenciável surgiu após um acordo selado pelo PSB com o PT. Em troca de alianças regionais importantes para os socialistas, a sigla atendeu a um pedido dos petistas para evitar aliança com Ciro Gomes. O apoio a ele poderia fortalecer a campanha do pedetista, considerada a mais competitiva no campo da esquerda, após a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não deve conseguir concorrer. Com esse movimento, os petistas conseguiram isolar Ciro. 

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