Os moradores de Roda Velha, distrito de São Desidério, a 130 km da sede municipal, preparam-se para enfrentar uma campanha de emancipação nos próximos dois anos. O distrito já conta com mais de 9.000 habitantes, tem autonomia financeira, indústrias de transformação de produtos agrícolas e tem um dos maiores faturamentos do agronegócio em todo o País.Os números são semelhantes na Vila do Rosário, que vem tendo investimentos sucessivos em urbanismo, comércio e serviços e também está a mais de 150 quilômetros de sua sede, Correntina.
Situação bem diferente do resto do País, onde, segundo o jornal Estadão, um em cada três municípios brasileiros não consegue gerar receita suficiente sequer para pagar o salário de prefeitos, vereadores e secretários. O problema atinge 1.872 cidades que dependem das transferências de Estados e da União para bancar o custo crescente da máquina pública, segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan).
Alguns desses municípios foram criados após a Constituição de 1988, que facilitou esse movimento, e ainda não conseguiram justificar sua emancipação. Essa falta de autonomia financeira, porém, não impediu que voltasse ao Congresso um projeto de lei que permite a criação de 400 novos municípios.
Hoje, a situação mais grave está em cidades pequenas, que não têm capacidade de atrair empresas – o que significaria mais emprego, renda e arrecadação. Em geral, contam com um comércio local precário e, para evitar a impopularidade, as prefeituras cobram poucos impostos. Há cidades em que o IPTU só começou a ser cobrado depois que a crise apertou.
Fonte: Blog Bahia / Jornal O Expresso
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