MP-BA pede medidas de frigorífico e Adab para evitar mortes de jumentos



A Agência de Defensa Agropecuária da Bahia (Adab), a empresa Cuifeng Lin e o Frigorífico Sudoeste receberam uma recomendação para adotar medidas para evitar mortes de jumentos e coibir eventuais danos ambientais, em Itapetinga, no sudoeste do estado. A recomendação foi feita pelo Ministério Público da Bahia nesta quinta-feira (6).

O MP recomenda que o frigorífico encaminhe em 48 horas um laudo técnico sobre as condições dos animais e apresente as Guias de Trânsito Animal (GTA) e os exames sanitários dos jumentos localizados na fazenda. As recomendações fazem parte de procedimento instaurado para apurar supostas irregularidades no abate dos jumentos pelo Frigorífico Sudoeste, maus-tratos aos animais e eventual dano ambiental decorrente do confinamento e descarte dos equinos.

Segundo o promotor de Justiça Gean Carlos Leal, autor das recomendações, vistorias preliminares realizadas a pedido do MP pela Adab e pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente constataram na fazenda a presença de 600 animais, “muito deles mortos” às margens do Rio Catolé, “possivelmente por debilidade causada pelo transporte e falta adequada de alimentação”.  O promotor aponta que no local onde estão os jumentos não há área de pastagem e instalações adequadas para abrigar elevado número de animais.

Os jumentos pertencem a Cuifeng Lin, que alugou uma porção de terra na fazenda com a finalidade de abrigar os animais que seriam abatidos pelo frigorífico. A empresa recebeu uma recomendação para não comprar ou trazer jumentos para o frigorífico e que providencie água, alimentação e tratamento adequado, inclusive acompanhamento médico-veterinário aos animais. Foi requerido que à Adab suspenda a emissão de GTA de jumentos com destino ao Frigorífico Sudoeste, com exceção dos animais identificados pela agência que já estejam na Fazenda Barra da Nega destinados para abate. A suspensão deve durar até que a empresa saneie as inconformidades encontradas pelos órgãos ambientais. O MP pediu ao frigorífico que não realize novos abates até que as irregularidades sejam sanadas. O frigorífico somente poderá abater os animais identificados e liberados pela Adab já existentes nos currais da fazenda e não receba novos animais.

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