Os partidos do "centrão" já discutem sobre quem vão apoiar em um eventual segundo turno na corrida eleitoral de 2018. PP, PTB, PSD, PRB, PR, DEM, SD e PPS ainda não chegaram a um consenso se apoiarão Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT) - os dois principais líderes das pesquisas de intenção de voto até agora.
O PTB, por exemplo, deve declarar apoio ao deputado federal. Na manhã deste domingo, a deputada Cristiane Brasil (PTB), filha do presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, condenou o movimento "#EleNão" realizado no sábado contra o postulante. "Quem esteve nas ruas gritando #EleNão também gritava “Lula livre”. Por aí se vê o quão partidário foi esse movimento, apesar de querer parecer isentão", declarou.
A fala dela corrobora com a declaração dada pelo deputado federal Benito Gama (PTB) ao BNews, no último dia 17 de setembro. "O PTB está hoje com Alckmin, se ele não for para o segundo turno, nós vamos nos posicionar, naturalmente a executiva ainda vai se reunir, mas a tendência é sempre contra o PT, pela história do PT no Brasil", declarou Gama, na ocasião.
Já no ninho democrata, a coisa é diferente. Os correligionários do partido de centro-direita se dividem sobre a ideia de selar um "casório" com Bolsonaro. Os que são contra argumentam que um partido com o nome "Democratas" não pode se aliar a uma chapa que minimiza os efeitos do golpe de 64. Já outra ala defende que as propostas do DEM são mais alinhadas com as do candidato do PSL.
Na Bahia, o presidente estadual democrata José Carlos Aleluia declarou ao BNews que as propostas do candidato ao Governo, José Ronaldo (DEM), são mais alinhadas com as de Bolsonaro que com as de Haddad. O filho dele, o vereador Alexandre Aleluia (DEM), também se declara como apoiador do presidenciável.
O grupo mais próximo de Neto, que também é coordenador nacional da campanha de Alckmin, no entanto, resistem à ideia. Segundo o BNews apurou, os carlistas consideram que seria incoerente o partido bater de frente com Bolsonaro no primeiro turno e depois apoiá-lo no segundo. A tendência é que a legenda libere os correligionários para que apoiem individualmente o candidato que melhor desejarem.
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