Açudes praticamente vazios e população sofrendo com a escassez de água. Essa situação é sentida pela população de Riacho de Santana, no sudoeste da Bahia, em função do longo período de estiagem na região. Em razão disso, hoje, quase 22 mil pessoas da sede tem seus domicílios no município abastecidos com água através de 7 carros pipas que buscam água potável há 62 km da cidade, com o SAAE de Bom Jesus da Lapa.
Os veículos fazem a distribuição da água, que é própria para o consumo humano, de casa em casa, com 500 litros para cada.
De acordo com o Diretor do SAAE de Riacho de Santana, Antônio Luiz, a Autarquia e a prefeitura têm buscado de todas a formas minimizar o sofrimento da população com a falta de água, reunindo-se tanto com o governo estadual como federal. Ele destaca que já foram abertos vários poços artesianos, e a única saída emergência foi pegar água na cidade de Bom Jesus da Lapa.
O vice-prefeito, João Daniel frisa, que até o ano de 2006 a cidade de Riacho de Santana era abastecida por duas nascentes, uma chamada de Riacho Grande e a outra Riacho Pequeno, que ao se encontrarem formam o Riacho de Santana, que originou o nome da cidade. Só que com os sucessivos anos de seca, a vazão diminuiu e a barragem que foi construída para atender no período de falta de água, com cinco anos seguidos de pouca chuva, não pegou volume de água suficiente. Neste momento a barragem da Santana chega ao ao estoque zero.
Ele agradece a compressão da população, o apoio do SAAE e do Prefeito de Bom Jesus da Lapa, que está disponibilizando água potável para o município por um preço bem abaixo, e que logo depois da eleição a prefeitura de Riacho vai fazer um grande movimento junto a população e buscar apoio político para construir a adutora do Rio São Francisco para a cidade de Riacho de Santana. Ele finaliza lembrando, que a situação já passou de ser resolvida, e que infelizmente só Riacho de Santana e Igaporã, que fazem parte da Bacia, não puxaram água diretamente do São Francisco.
A prefeitura e o SAAE tem buscando alternativas no município para minimizar o problema, perfurando poços e jogando no sistema de abastecimento. “E com o colapso, a gente buscou ajuda junto ao governo do Estado. O governo prometeu no mês de abril de 2018 perfurar 12 poços, onde foram perfurados só cinco, e destes, só três tiveram vazão. Mas a prefeitura e o SAAE já tinham perfurando em torno da barragem mais cinco que foram ligados a rede de abastecimento, mas tudo isso é insuficiente”, disse.
Na zona rural, que também enfrenta problemas por conta da falta de água, o abastecimento é feito prioritariamente pelo Exército através da Operação Pipa.
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