O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou nesta terça (27) que a transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém está decidida.
"A questão não é perguntar se vai, a questão é perguntar quando será", afirmou nesta terça (27), após participar de um almoço na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, em Washington.
O filho de Jair Bolsonaro, que chegou aos Estados Unidos na segunda (26), afirmou que ainda não sabe ao certo a data da mudança e que o governo está "estudando como se faz isso".
A proposta foi anunciada pelo presidente durante a campanha, como um aceno ao governo israelense e à sua base evangélica. No início de novembro, contudo, após o cancelamento de um compromisso diplomático com o Brasil pelo Egito, o pesselista afirmou que a mudança ainda não estava decidida.
O deputado minimizou o episódio e disse que não vê crise nenhuma entre os dois países. Segundo ele, apenas adiaram a visita do novo chanceler, Ernesto Araújo, para o ano que vem. "Com certeza fará bons negócios lá", disse.
Em relação a um possível embargo que o país poderia sofrer por parte dos países árabes, Eduardo disse que é preciso "ter uma maneira de tentar suprir" eventuais retaliações comerciais. Mas acredita que o apoio do Brasil a "políticas para frear o Irã" poderia diminuir o desgaste do país com os aliados árabes.
Durante a manhã, o congressista se encontrou com Jared Kushner, genro e um dos principais conselheiros do presidente americano, Donald Trump.
Segundo Eduardo, os dois falaram sobre política internacional e outros assuntos "de maneira bem genérica". Não entrou em detalhes, contudo, sobre os temas conversados.
"A nossa recepção aqui nos EUA tem sido a melhor possível", disse. "Tanto na parte do governo quanto da iniciativa privada, você consegue sentir entusiasmo das pessoas. Eles realmente acreditam que vai ocorrer uma mudança no Brasil, e a gente também acredita nisso."
A próxima parada do parlamentar será em Nova York, para onde irá "hoje à noite ou amanhã", segundo ele.
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