Apesar da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e Agência Nacional de Águas (ANA) terem indicado que a lama de rejeitos resultante do rompimento da barragem em Brumadinho, Minas Gerais, chegaria ao Rio São Francisco a partir do dia 15 de fevereiro . A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) afirmou que não há previsão de data para que a pluma (mistura de água e rejeitos), que está se diluindo, alcance a usina de Retiro Baixo, no Rio São Francisco.
Segundo a empresa, a distância entre o município e o primeiro ponto de captação no rio é de quase 800 km, sendo que, neste percurso, existem os reservatórios das usinas hidrelétricas de Retiro Baixo e de Três Marias.
Conforme as informações da Embasa, a tendência é que haja sedimentação completa e a pluma fique contida no reservatório da usina de Retiro Baixo. Mesmo com a pluma contida e sedimentada no reservatório de Retiro Baixo, alguns contaminantes dissolvidos, como metais, podem continuar seu trajeto pelo rio, passando pela barragem e alcançando em algum momento o reservatório de Três Marias. No entanto, como o volume de água de Três Marias é elevado (cerca de 20 bilhões de metros cúbicos, sendo o sexto maior reservatório do país), segundo a Embasa, o efeito da diluição será maior e possíveis impactos negativos a jusante (no sentido em que fluem as águas) serão minimizados
Em nota, a Embasa ainda completou que que são muito remotas as probabilidades de que essa contaminação afete o abastecimento público de água dos sistemas atendidos pela empresa.
O último relatório divulgado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), na última quinta-feira (31), indicou que a pluma de rejeitos resultante do rompimento da barragem encontrava-se no município de São José de Varginha, em Minas Gerais.
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