Após o governador Rui Costa propor a redução dos dias da folia momesca em Salvador, muito se discutiu entre os políticos se deveria diminuir o período de festa ou manter da forma que está com Fuzuê, Furdunço, Pipoco, os seis dias oficiais da festa e o arrastão. O BNews circulou pelo Circuito Dodô, nesta terça-feira (05), último dia da folia e perguntou aos foliões o que achavam da proposta do governador e a resposta foi unânime: continua da forma em que está.
Gabriela Ferreira Ribeiro acredita que a festa acaba contribuindo com a renda de muitas pessoas, como os ambulantes, que aproveitam o Carnaval e pré-carnaval para conseguir uma renda extra.
Gabriela Ferreira Ribeiro acredita que a festa acaba contribuindo com a renda de muitas pessoas, como os ambulantes, que aproveitam o Carnaval e pré-carnaval para conseguir uma renda extra.
"O país já está na m****, o pessoal gosta de carnaval, é aquela história de pão e circo, se mudar vai ser pior", avaliou a jovem.
Fábio Gomes, que curtia a folia com a família, é da mesma opinião. Para ele, a prefeitura deve manter a festa estendida, pois aumenta a economia não só na capital baiana, mas em outros municípios, procurados por aqueles que querem fugir da folia.
Questionado se diminuindo os dias não melhoraria os problemas de segurança, Fábio acredita que não. Para ele, bastava tirar as atrações que causam mais violência nos circuitos e aumentar o efetivo de policiais militares e Guardas municipais. “Só aparelhar a PM para melhorar mais a nossa segurança”.
A soteropolitana Gilmara de Jesus Almeida também acredita que a forma como está beneficia a economia na capital: o nosso governador deveria pensar também nisso, nós temos hoje o terceiro setor mais pessoas do que empregadas, quanto mais dias nós temos, mais pessoas vão ganhar com isso, aí vem turista, a hotelaria ganha, muita gente ganha. O que é que perde em relação ao que ganha? Eu acho que o custo benefício do Carnaval é bem maior.
Furdunço e Fuzuê no Campo Grande
Com o esvaziamento do carnaval no Circuito Osmar, a prefeitura contratou uma pesquisa nos dias de Carnaval para questionar os foliões se o pré-carnaval deveria ser realizado no Campo Grande ou mantido na Barra. Com isso, a reportagem foi as ruas para saber o que as pessoas achavam e a maioria prefere que a festa continue no Circuito Orlando Tapajós (Ondina/Barra).
Apesar de concordar que o carnaval do Campo Grande está sumindo, Fábio prefere que o Furdunço e o Fuzuê continue na orla: O carnaval da Avenida diminuiu bastante, está se degradando, está piorando, sumindo. Ontem [segunda-feira] eu fui para a Avenida e vi que não tem mais nada, tem que melhorar o carnaval da Avenida para atrais pessoas pra lá e dividir o público, mas o Furdunço já tem a cara da Barra e da ondina, não deve mudar.
Essa também é a opinião de Gabriela, que acha a Avenida muito apertada e não vê motivos para a mudança.
Já Gilmara, apesar de concordar que o Carnaval do Campo Grande está ruim, acredita que seria uma boa ideia colocar o pré-carnaval para a avenida por conta da locomoção.
“A Avenida é melhor no sentido de locomoção, no centro é perfeita, já na Barra, infelizmente, é péssima, até mesmo pra quem tem um nível social melhor porque a gente não vem para o Carnaval de carro, a gente precisa de coletivo, então é necessário que haja uma estrutura melhor para Barra, ou era melhor voltar para o centro porque aqui a gente está sofrendo demais. Então o Furdunço poderia ser lá em cima, pelo menos a gente tinha mais qualidade.
Tags:
Bahia