Senador pela Bahia, Angelo Coronel (PSD) aumentou o coro de críticas à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de censurar uma reportagem sobre o presidente da Corte, Dias Toffoli, que fazia relação com a empreiteira Odebrecht (saiba mais aqui). Em entrevista ao Bahia Notícias, Coronel avaliou que o STF passou a causar problemas ao invés de resolvê-los.
“O Senado está começando a formar uma opinião majoritária a respeito dessas ações de alguns ministros do STF. A Corte Suprema deveria resolver problemas do povo brasileiro, mas está os causando”, declarou Coronel. Apesar de se colocar contra a proliferação de notícias falsas, Coronel avaliou que a decisão do ministro Alexandre de Moraes feriu a liberdade de imprensa.
Além de censurar judicialmente uma reportagem da revista Crusoé, o ministro do STF reafirmou nesta semana um inquérito em que apura, investiga e julga ataques contra colegas. O processo é questionado pela Procuradoria-Geral da República (saiba mais aqui).
“O Senado começa a formar uma opinião majoritária sobre essas ações do STF. Acredito que a grande maioria de senadores vai começar a se insurgir para tomar decisões que coloquem a Corte Suprema no lugar de onde ele nunca deveria ter saído: do lugar da casa soberana da Justiça brasileira”, opinou Coronel.
Coronel defendeu a investigação de ministros do Supremo que apresentam discordância do seu papel institucional: “O Senado pode ter que tomar uma posição para retirar algum ministro que não esteja exercendo o seu papel dentro dos ditames legais”.
A Casa Legislativa até teve a oportunidade de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar eventuais excessos do Judiciário. Apelidada de CPI da Lava Toga, o documento não contou com a assinatura dos senadores eleitos pela Bahia, Jaques Wagner (PT), Angelo Coronel (PSD) e Otto Alencar (PSD) (lembre aqui), e acabou protocolada pelo presidente Davi Alcolumbre (DEM).
Sobre os mais recentes acontecimentos, Coronel ainda ironizou o STF querer atuar como o denunciante e o juiz no inquérito que investiga os ataques. “Cada um dos ministros tem que ficar no seu devido lugar com a maturidade que o cargo impõe. Do jeito que as coisas andam, vamos ter que criar o Supremo Tribunal Divino já que o dos terráqueos está dando problemas”, falou o senador.
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