O prefeito ACM Neto (DEM) não revelou detalhes sobre a conversa que manteve com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), nesta semana. Conforme o BNews informou, o baiano foi chamado as pressas pelo Palácio do Planalto após o "incêndio" provocado pelo polêmico discurso do líder do DEM na Câmara Federal, Elmar Nascimento, que chamou o governo de "canalha" e fez referências ao escândalo do "laranjal" do PSL.
"Houve, mas não teve nada a ver com o discurso do líder Elmar Nascimento. Até conversei com Elmar antes de ele voltar para Salvador. Como tinha dito para vocês, ainda ontem minhas considerações em relação aos meus parceiros políticos eu as faço diretamente para cada um deles. Agora, o encontro com o presidente nada teve a ver com o discurso de Elmar. Eu sou presidente o Democratas e é óbvio que, como presidente nacional do partido, nós estamos atentos a questão nacional. E é óbvio que a pauta foi isso", declarou Neto durante a inauguração das obras de restauração feitas na parte interna da Basílica do Senhor do Bonfim, nesta sexta-feira (24). Ele também disse que não faria avaliações sobre o discurso de Elmar pela imprensa, mas disse que "não há nenhum desconforto" com o posicionamento do líder do DEM.
Questionado sobre como avalia o posicionamento do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que tem mantido uma relação conturbada com os bolsonaristas, o baiano avalia: "Acho que o momento agora é de muita cautela, prudência e devemos pensar no país. Não interessa a simpatia e as preferências pessoais. Interessa é que nós temos que fazer a agenda do país avançar. Acho que esse é o maior compromisso de Rodrigo Maia e o meu compromisso maior. E a nossa disposição é essa. Não vou ficar alimentando coisas que possam nesse momento gerar dissenso, polêmicas. Acho que a gente tem que afastar as polêmicas e buscar os caminhos comuns. Pelo menos esse será sempre o meu esforço, porque temos um governo que está aí há apenas cinco meses".
Neto ainda culpou o PT pela crise que o Brasil enfrenta. "O país vive há quase cinco anos uma crise muito grave e essa crise não foi criada pelo atual governo. Essa crise foi criada pelo PT", alfineta.
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