De acordo com informações do IBGE, 250 mil crianças foram exploradas na Bahia. O estado só fica atrás de São Paulo e Minas Gerais.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) organizou uma ação nesta quarta-feira (12), dia mundial de combate ao trabalho infantil, para orientar feirantes e comerciantes na Feira de São Joaquim.
"Nós viemos aqui sensibilizar a sociedade, não só o público daqui da Feira de São Joaquim, como a sociedade em geral para a questão do trabalho infantil. O trabalho infantil principalmente faz perpetuar o ciclo perverso de miséria e exclusão social. A criança tem o momento de brincar, de sonhar, de estudar, porque, do contrário, a criança vai ter prejuízos sócio-educacionais", disse Virgínia Senna, coordenadora de Combate ao Trabalho Infantil do MPT.
A secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Infância e Juventude contou que existe um desafio em diminuir casos de trabalho infantil no período de festas comemorativas.
"O que a gente visa além do mapeamento é que na altura desses grandes eventos a gente não precise abrigar crianças vítimas de violação de direitos, vítimas de trabalho infantil, mas que a gente possa cuidar delas, porque os seus pais precisam trabalhar e não têm como deixar", contou Rogéria Santos.
Segundo Antônio Inocêncio, presidente do Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Infantil, a exploração infantil pode trazer problemas físicos e psicológicos para as crianças.
"Ela está em desenvolvimento ainda, parte óssea, sanguínea, visão, a parte mental, porque é uma pressão, tem o contato com pessoas desconhecidas. Existe uma pesquisa recente em um presídio e tem 73% dos presidiários foram trabalhadores infantis", contou o presidente.
G1 Bahia
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