Também foram acusados no Esquema Angola o empresário Marcelo Odebrecht, o sobrinho de Lula, Taiguara Rodrigues, e outros sete investigados. Em relação a Marcelo, o juiz suspendeu a ação penal por causa do acordo de colaboração fechado entre o delator e o Ministério Público Federal.
A defesa de Lula foi atendida em relação a duas acusações do Ministério Público Federal (MPF). Uma delas apontou o crime de lavagem na assinatura dos contratos entre a Odebrecht Angola e a Exergia Brasil, criada por Taiguara. Segundo o magistrado, como Lula não teve participação nas assinaturas, não há como responsabilizar o petista. Nessa questão, os outros nove investigados também foram beneficiados. A denúncia apontava lavagem de cerca de R$ 20 milhões, mas, para Vallisney, o MPF deixou de expor "os fatos criminosos com todas as suas circunstâncias", o que gerou "dúvida e falta de clareza quanto à conduta de cada um dos acusados".
O magistrado ainda reconheceu que a denúncia contra Lula por organização criminosa foi em outro processo, no qual o petista responde junto à ex-presidente Dilma Rousseff, aos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega e ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Assim, Vallisney resolveu absolver Lula pelo delito. Ao fim, a ação penal foi mantida contra Lula, Taiguara e mais um investigado.
Metro 1
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