Barreiras sai na frente mais uma vez com ações e propostas voltadas a melhoria das condições de vida dos cidadãos. Nesta quarta-feira (21), a primeira turma, formada por 56 professores e monitores de seis creches e de pré-escola participaram do primeiro dia de capacitação em Primeiros Socorros. Uma iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde através do SAMU, com o apoio e parceria da Secretaria Municipal de Educação. O evento marca o início do projeto que prevê capacitar até outubro, 930 profissionais que atuam com crianças dos primeiros anos escolares.
A proposta atende a Lei Federal 13.722, de 04 de outubro de 2018, a Lei Lucas determina que profissionais das redes pública e privada de educação recebam treinamento específico para agir em momentos de acidentes com alunos. “Estamos sim, atendendo uma obrigatoriedade legal, porém, também trata-se de uma demonstração de comprometimento. Apesar de poucos registros de incidentes em nossas escolas, como engasgos, por exemplo, essa capacitação garantirá mais segurança aos nossos alunos, e também, aos nossos professores e profissionais da rede”, destacou a secretária de educação, Cátia Alencar.
De acordo com ela, a proposta é estender a capacitação também para merendeiras, porteiros e monitores escolares. Para garantir maior suporte às escolas, a secretária destacou que todas as unidades receberão kits de primeiros socorros, com itens básicos e que o processo de aquisição já está em andamento. “A nossa meta é tornar o ensino mais efetivo e de bons resultados, estas ações fazem parte desse processo”, destacou.
Os profissionais que passarem pela capacitação cumprirão uma carga horária de oito horas de aulas práticas e teóricas, onde receberão noções básicas sobre primeiros socorros, segurança no ambiente escolar e entorno, além de compreensão sobre o funcionamento do serviço móvel do SAMU. “Os poucos minutos para nós realizarmos um atendimento são uma eternidade para quem está ao lado do paciente em situação de emergência. Quando a pessoa está capacitada, poderá repassar informações mais precisas ao médico regulador, o que se reverte em mais agilidade e acertos nos encaminhamentos posteriores”, explicou a coordenadora regional do SAMU, Kalinka Soledade.
O secretário de saúde, Anderson Vian, destacou que a proposta está inserida no Programa Saúde Humanizada, da gestão municipal e que é um espaço ímpar para sanar dúvidas. “Nós priorizamos essa capacitação por entendermos que a prevenção é essencial. Todos sairão daqui qualificados não apenas para atuar nas escolas, mas em suas casas, junto a familiares e amigos, caso haja situações que necessitem a prestação de primeiros socorros. Eles poderão salvar vidas”, destacou.
Os trabalhos serão conduzidos pela equipe do Núcleo de Educação em Urgências (NEU), do SAMU, sob a orientação dos profissionais Flávio Neves e José Henrique, com o suporte do coordenador de base, João Carlos Soares. “A partir do momento em que esses educadores têm uma noção básica, um grande passo será dado para que nós possamos prestar uma atendimento ainda melhor e mais eficiente”, declarou.
Lei Lucas - Em setembro de 2017, Lucas Begalli Zamora, de 10 anos, morreu ao se engasgar com um lanche durante um passeio escolar. O caso aconteceu em Campinas (SP). Para enfrentar o perigo iminente para crianças em situações como essa, foi criada a Lei Lucas (13.722/18) que obriga as escolas, públicas e privadas, de educação infantil e básica a fazerem curso de capacitação de professores e funcionários em noções básicas de primeiros socorros. Essa obrigação vale também para estabelecimentos de recreação infantil.
Dircom/PMB – 21.08.2019
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