Atualmente na disputa pela presidência do PT na Bahia, os candidatos Elen Coutinho, o deputado estadual Jacó e Martiniano Costa realizaram evento na manhã desta segunda-feira (2) para divulgar um manifesto que propõe unidade de todas as chapas na corrida pelo comando da direção estadual. O acordo, entretanto, não inclui Éden Valadares, assessor do senador Jaques Wagner, que também postula o cargo. O BNews apurou que Lucinha e João Braga, nomes que também concorrem, não foram chamados para participar da articulação.
Para o consenso ocorrer, no entanto, foram colocadas “condições mínimas”, em um documento que elenca 20 compromissos. Entre eles, estão o estabelecimento de calendário fixo de reuniões do diretório estadual (a atual gestão realizou apenas duas em dois anos), a criação de um conselho político com a participação dos movimentos sociais, o respeito a autonomia dos diretórios municipais, a construção conjunta para definição de tática eleitoral em 2020 e a melhoria dos “instrumentos de controle, acompanhamento e transparência das finanças partidária”.
Também participaram da reunião os deputados federais Jorge Solla e Josias Gomes, o deputado estadual Marcelino Galo e a ex-vice-prefeita Bete Wagner. O encontro não teve, no entanto, as presenças de Wagner e do atual presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação. Apesar disso, os dois têm pregado a escolha de um único nome em entrevistas à imprensa.
“A unidade que propomos não é a paz dos cemitérios. Hoje, mais que nunca, precisamos de debate, honesto, duro. Mas se nós temos um compromisso comum em dar transparência e ampliar os espaços de participação na decisão política, de renovar os métodos do PT, então o que nos une é maior, as portas se abrem para podemos ir ao Congresso com chapa unificada”, defende Elen.
Coordenadora da chapa Renova PT, encabeçada por Éden, Elisângela Araújo disse que o grupo tem dialogado com as correntes adversárias, em torno de uma "agenda de renovação do PT". “Nós, da chapa RENOVA PT 440, temos dialogado com o conjunto do partido, suas correntes internas, parlamentares, diretórios municipais e, sobretudo, com a base militante em torno de uma agenda de renovação do PT, sua política e suas práticas. No processo de democratização e de dar transparência ao PT, todas e todos são convidados e bem vindos", afirmou.
A eleição para a direção estadual do PT não é direta. Os filiados votarão no dia 8 de setembro para a eleição de delegados estaduais. Os grupos políticos terão a quantidade de delegados proporcionais ao número de votos que receberam. No Congresso do partido, em outubro, a candidatura que tiver o apoio de maior número de delegados se elege para dirigir o partido por um mandato de quatro anos.
No documento, os candidatos defendem que a composição da chapa única se dê após a eleição dos delegados e antes do Congresso, com os cargos de presidência e demais postos da chapa distribuídos “a partir da votação das chapas e campos no dia 08 de setembro”.
*Atualizada às 13h34.
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