O governador do estado, Rui Costa (PT), está sendo criticado por professores de universidades estaduais, que afirmam que o chefe do executivo estadual estaria "segurando" recursos destinados ao ensino superior.
De acordo com a Coluna do Estadão desta segunda-feira (28), a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) teve 29,5% da verba contingenciada. Já a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), em Vitória da Conquista, teria sofrido uma "tesourada" de 16%.
Por meio de nota, o governo do estado afirmou que não houve contingenciamento de recursos e que os repasses estão sendo feitos de acordo com a arrecadação estadual.
A Associação dos Docentes de Universidade Estadual de Feira de Santana divulgou em seu site oficial os detalhes do contingenciamento que Rui estaria implantando nas universidades.
Segundo o texto, as despesas que mais sofrem são as de manutenção predial. Também seriam prejudicadas as viagens de campo e a compra de material de consumo. A situação, que segundo a associação vem ocorrendo há vários anos, também se repete nas demais universidades estaduais baianas.
Os professores também apontam que o governo estadual aprova, seguidamente, orçamentos inferiores às demandas de ensino, pesquisa e extensão destas. Em 2013, 2014, 2015, o orçamento aprovado para as universidades foi de 4,87%, 4,92% e 5% da RLI, respectivamente. Nos anos seguintes, o índice permaneceu inferior ou igual a 5%. O valor destinado à manutenção e investimento, em 2018, é inferior ao de 2013, se corrigido pela inflação.
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