O prefeito de Jaborandi, no extremo oeste baiano, Assuero Alves, é investigado pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF). Assuero, como o gestor é conhecido, é acusado de improbidade administrativa [crime contra a administração pública] por suspeita de firmar contratos ilegais envolvendo procedimentos de saúde e enriquecimento ilícito. Ainda segundo o MPF, o gestor também é acusado de desvios do Fundo Municipal de Saúde de Jaborandi. O MPF também acusa o prefeito de distribuir cargos a parentes dele de secretários. Em um dos casos, a ex-secretária de Finanças, Helaine Rodrigues de Moura, teria firmado contratos de prestação de serviços ao município com o médico Weber Neves. Os dois são casados e tem um filho de 12 anos. Além disso, o médico seria cunhado do atual secretário de saúde, Daniel Moura.
O MPF também diz que o Instituto de Diagnóstico por Imagem e Cardiologia, que pertence ao marido da secretária, foi contratado para serviços nas áreas de cardiologia e radiologia no Hospital Municipal Hermenegildo Dias da Silva e nas Unidades de Saúde da Família do município. No entanto, o médico não tem residência médica para realizar os procedimentos. Conforme a ação judicial, a prefeitura pagou R$ 466,8 mil ao médico que não apresentou relatórios das atividades prestadas.
Para ser contratado, o médico, que antes era o secretário de Saúde, abriu uma clínica seis dias antes, usando o filho João Vitor Neves Rodrigues, de apenas 12 anos de idade, para criar a sociedade. O menino é filho dele com a secretária de Finanças, diz o MPF.
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