O presidente Jair Bolsonaro assinou na tarde desta terça-feira (19) a desfiliação do PSL. Com isso, Bolsonaro se tornou o primeiro presidente em exercício sem legenda, mesmo que momentaneamente, desde a redemocratização. A expectativa é de que a documentação seja apresentada ainda hoje ao diretório nacional do partido e à Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro, domicílio eleitoral do presidente.
O documento foi firmado em reunião de Bolsonaro com seus consultores jurídicos Karina Kufa e Admar Gonzaga, no Palácio do Planalto. O presidente não descarta assumir a direção nacional do seu novo partido. Segundo a defesa de Bolsonaro, não há impedimento legal para que ele acumule as funções de dirigente partidário e de presidente da República. Na segunda-feira, ele afirmou que há chances de assumir o posto.
"Isso aí é página virada. O PSL, quem quiser, fique com ele. O partido do presidente será outro e, com ele, certamente, virão os leais", afirmou Gonzaga, em uma referência ao grupo de deputados e senadores que pretende se filiar ao novo partido.
Segundo os advogados do presidente, existem elementos para que os deputados bolsonaristas aleguem justa causa para deixar o PSL sem que percam os mandatos para os quais foram eleitos. "Justa causa é o que não falta. O que se viu na postura do presidente do PSL e de todos aqueles que o acompanham é, justamente, uma flagrante falta de compromisso com a transparência e boa gestão do dinheiro público. E isso é inaceitável para o presidente", disse o advogado.
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