A insatisfação com o modo de funcionamento da democracia caiu no Brasil: se dois anos atrás 83% se diziam insatisfeitos, agora esse percentual é de 56%, segundo estudo do Pew Research Center divulgado nesta quinta-feira (27).
A entidade, sediada em Washington, pesquisou como as pessoas avaliam os vários elementos que formam uma democracia, como a livre circulação de ideias, a liberdade religiosa, a realização de eleições e uma Justiça independente.
O estudo fez 38.426 entrevistas em 34 países, entre 13 de maio e 2 de outubro de 2019.
"Algumas vezes, vemos que a insatisfação com a democracia diminui logo após uma eleição, o que foi o caso do Brasil", diz Richard Wike, diretor do setor de Pesquisas de Atitudes Globais do Pew.
"No país, a insatisfação caiu ao longo de todo o espectro ideológico, mas o declínio foi especialmente acentuado entre pessoas que se identificam como de direita", analisa.
O levantamento apontou também a queda no apoio à liberdade de imprensa: 60% dos brasileiros entrevistados disseram considerar muito importante que a imprensa possa reportar as notícias sem sofrer censura. Em 2015, o apoio era de 71%.
A imprensa tem sofrido ataques constantes do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados, inclusive com insultos pessoais a jornalistas.
Nos últimos anos, a liberdade de imprensa passou a ser considerada mais importante em países como França (65% a valorizam), Reino Unido (77%) e Argentina (80%). Nos EUA, houve alta de 13 pontos percentuais, e atualmente 80% a vê como uma prioridade.
O apoio a eleições livres e imparciais caiu sete pontos percentuais no Brasil, na comparação com 2015, e ficou em 64%. Outros países que tiveram quedas fortes no período foram Itália (-14%) e Rússia (-17%).
Apenas 36% dos brasileiros ouvidos disseram defender que partidos de oposição possam atuar de forma livre, e 52% afirmaram valorizam as entidades de defesa dos direitos humanos.
A percepção de que o Estado governa para o bem de todos teve uma grande queda na Itália: hoje apenas 30% concordam com ela, contra 88% em 2002.
No mesmo período, houve baixas significativas também em outros dez países, incluindo Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Polônia. No Brasil, atualmente 51% dizem acreditar que o Estado é governado de forma a beneficiar a todos.
A pesquisa mostrou também que apoiadores de partidos de ultradireita, como o alemão AfD e o espanhol Vox, são menos favoráveis à liberdade religiosa e estão mais insatisfeitos com o funcionamento da democracia do que a média da população.
A entidade, sediada em Washington, pesquisou como as pessoas avaliam os vários elementos que formam uma democracia, como a livre circulação de ideias, a liberdade religiosa, a realização de eleições e uma Justiça independente.
O estudo fez 38.426 entrevistas em 34 países, entre 13 de maio e 2 de outubro de 2019.
"Algumas vezes, vemos que a insatisfação com a democracia diminui logo após uma eleição, o que foi o caso do Brasil", diz Richard Wike, diretor do setor de Pesquisas de Atitudes Globais do Pew.
"No país, a insatisfação caiu ao longo de todo o espectro ideológico, mas o declínio foi especialmente acentuado entre pessoas que se identificam como de direita", analisa.
O levantamento apontou também a queda no apoio à liberdade de imprensa: 60% dos brasileiros entrevistados disseram considerar muito importante que a imprensa possa reportar as notícias sem sofrer censura. Em 2015, o apoio era de 71%.
A imprensa tem sofrido ataques constantes do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados, inclusive com insultos pessoais a jornalistas.
Nos últimos anos, a liberdade de imprensa passou a ser considerada mais importante em países como França (65% a valorizam), Reino Unido (77%) e Argentina (80%). Nos EUA, houve alta de 13 pontos percentuais, e atualmente 80% a vê como uma prioridade.
O apoio a eleições livres e imparciais caiu sete pontos percentuais no Brasil, na comparação com 2015, e ficou em 64%. Outros países que tiveram quedas fortes no período foram Itália (-14%) e Rússia (-17%).
Apenas 36% dos brasileiros ouvidos disseram defender que partidos de oposição possam atuar de forma livre, e 52% afirmaram valorizam as entidades de defesa dos direitos humanos.
A percepção de que o Estado governa para o bem de todos teve uma grande queda na Itália: hoje apenas 30% concordam com ela, contra 88% em 2002.
No mesmo período, houve baixas significativas também em outros dez países, incluindo Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Polônia. No Brasil, atualmente 51% dizem acreditar que o Estado é governado de forma a beneficiar a todos.
A pesquisa mostrou também que apoiadores de partidos de ultradireita, como o alemão AfD e o espanhol Vox, são menos favoráveis à liberdade religiosa e estão mais insatisfeitos com o funcionamento da democracia do que a média da população.
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