Apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter proibido, no final do ano passado, o sigilo de gastos da presidência com o cartão corporativo, o Planalto insiste em não divulgar as informações no Portal da Transparência.
De acordo com dados coletados pelo BNews, nesta quinta-feira (5), entre janeiro e fevereiro de 2020, a presidência gastou R$ 2,8 milhões com cartão corporativo, sendo que R$ 2,75 milhões foram despesas de apenas um pagador, que teve a identidade ocultada.
No Portal da Transparência é apenas possível ver que duas transações mantidas sob sigilo foram feitas pela Presidência da República e pelo Gabinete da Vice-Presidência, nos dois primeiros meses do ano. As demais são especificadas com os nomes e documentos dos pagadores.
Ainda segundo dados do Portal da Transparência, apenas em 2019, a Presidência desembolsou, no primeiro ano de gestão de Jair Bolsonaro, R$ 14,5 milhões com cartões corporativos. Isso dá uma média de R$ 2,4 milhões a cada dois meses. Ou seja, se comparado com 2020, é possível afirmar que houve aumento de 16,7% nos gastos com o cartão.
"Sobre o assunto, cabe esclarecer que a legislação utilizada pela Presidência da República para classificar as despesas com grau de sigilo é distinta daquela que foi objeto da decisão do STF", disse a assessoria de comunicação do Palácio do Planalto.
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