Um levantamento parcial do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander, mostram que os valores dessas negociações chegam a R$ 200 bilhões, dando carência de 2 a 3 meses no vencimento de parcelas em várias linhas, como crédito pessoal, crédito imobiliário, crédito com garantia de imóveis, crédito para aquisição de veículos e capital de giro
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos estão totalmente sensibilizados com a necessidade de os recursos chegarem rapidamente na ponta e continuarão agindo com foco para que o crédito seja dado nas mãos das pessoas físicas e das empresas.
“Entendemos a ansiedade de diversos setores, mas é preciso compreender que esse é um processo gradual e complexo, que demanda diversas providências e, em muitos casos, envolvem mudanças regulatórias, a exemplo da linha de liquidez do Banco Central para a compra de Letra Financeira Garantida e a liberação de compulsórios”, diz nota enviada à imprensa.
“Ao contrário do que aconteceu na crise de 2008, desta vez, não estamos observando um empoçamento de liquidez, mas sim um aumento substancial nas necessidades por recursos líquidos, o que torna esta crise bem diferente da anterior. Além disso, os bancos internacionais cortaram as linhas que dispúnhamos, o que estreitou mais ainda a liquidez do sistema. Mas seguiremos trabalhando, com o Banco Central e governo, para prover liquidez e crédito para quem precisa”, segue a nota.
Ainda segundo a Febraban, entre as medidas já tomadas, está a repactuação de diversas operações com grandes empresas, que demandaram volumes expressivos de recursos, com impactos relevantes sobre a liquidez do setor bancário.
Ainda, logo nos primeiros dias da crise, a Febraban anunciou a renovação de operações de crédito para pessoas físicas, micro e pequenas empresas. Os 5 maiores bancos do país estão processando mais de dois milhões de pedidos de renegociação de dívidas, dando carência de 2 a 3 meses no vencimento de parcelas em várias linhas, como: crédito pessoal, crédito imobiliário, crédito com garantia de imóveis, crédito para aquisição de veículos e capital de giro.
Os valores dessas negociações já chegam a R﹩ 200 bilhões conforme levantamentos parciais:
Caixa: 1 milhão de pedidos em contratos habitacionais, com oferta de R$ 111 bilhões em créditos e carências de até 90 dias.
Bradesco: 635 mil pedidos, que representam 1.036.000 contratos.
BB: 200 mil pedidos, em valor equivalente a R$ 60 bilhões.
Santander: 80,9 mil pedidos, em valor equivalente a R$ 11 bilhões.
Itaú: 302,3 mil pedidos, com saldo de R$ 12,1 bilhões e parcelas já prorrogadas em valor financeiro de R$ 679 milhões.
Itaú: 302,3 mil pedidos, com saldo de R$ 12,1 bilhões e parcelas já prorrogadas em valor financeiro de R$ 679 milhões.
Na linha Caixa Hospitais, foram disponibilizados recursos da ordem de R$ 5 bilhões para 2020.
Em outra frente, os bancos vão se antecipar ao repasse de recursos do governo e, já a partir desta segunda, irão disponibilizar crédito para financiar a folha de pagamento de pequenas e médias empresas com faturamento de até R﹩ 10 milhões de reais, após dois dias da edição da Medida Provisória que criou uma linha de R$ 40 bilhões, sendo que os bancos irão suportar, com recursos próprios, R$ 6 bilhões desse total.
Estima-se que a medida irá beneficiar até 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores e os recursos serão concedidos à taxa fixa de 3,75% ao ano, sem qualquer spread adicional para as empresas e sem qualquer custo para os empregados.
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