A Rede Globo pode ficar sem os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2022. Com a justificativa de que foi afetada pela pandemia, a emissora entrou na Justiça para renegociar o contrato que mantém com a federação desde 2015, no valor total de US$ 600 milhões (R$ 3,1 bilhões). As informações são da coluna Radar, da revista Veja.
O grupo brasileiro pede para não ter que pagar uma parcela anual de US$ 90 milhões (R$ 462 milhões), que vence no próximo dia 30, com o argumento de que as competições foram canceladas ou não tem previsão de serem retomadas.
Em 2011, as partes assinaram um contrato no valor de 600 milhões de dólares, a serem pagos em nove parcelas, referentes aos direitos de transmissão de eventos esportivos organizados pela entidade entre 2015 e 2022. Até então, seis já foram pagas.
"A crise é tão grave que a única saída razoável talvez seja o término definitivo do Contrato de Licenciamento, como a Globo, de boa-fé, deixou claro para a Fifa na carta remetida àquela entidade em 19.5.2020: 'Em relação ao Acordo de Prorrogação 2018/2022, à luz das circunstâncias materialmente alteradas devido à crise da Covid-19, o valor dos direitos tornou-se desequilibrado e oneroso demais. Diante do exposto, a Globo não vê alternativa real senão buscar a rescisão'", informou a emissora.
"Não é lógico nem razoável exigir da autora [Globo] o desembolso de cerca de R$ 450 milhões (a que se somam os custos fiscais da remessa de valores, que contratualmente recaem sobre a autora) para honrar o pagamento de uma parcela de um contrato que, já sabemos, terá que ser renegociado, com substancial redução de valores (quiçá extinção). O impacto financeiro desse pagamento será muito grave para a autora, especialmente nesse momento", completou.
De acordo com a publicação, a Globo vem tentando um acordo fora dos tribunais. No entanto, a Fifa não aceita e faz questão de receber o valor ainda neste mês.
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