Presidente mostra caixa de cloroquina a apoiadores | Foto: Reprodução/ Facebook
O presidente Jair Bolsonaro foi denunciado ao Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade e genocídio. Ele é acusado de falhas “graves e mortais”, por adotar “ações negligentes e irresponsáveis” na pandemia do novo coronavírus, aponta a coalizão responsável pela denúncia.
De acordo com o blog do jornalista Jamil Chade, a iniciativa é liderada pela Rede Sindical Brasileira UNISaúde, que representa mais de um milhão de trabalhadores da saúde no país, com apoio de entidades internacionais.
“Há indícios de que Bolsonaro tenha cometido crime contra a humanidade durante sua gestão frente à pandemia, ao adotar ações negligentes e irresponsáveis, que contribuíram para as mais de 80 mil mortes mortes pela doença no país", destacam.
A publicação destaca que o presidente já havia sido alvo de denúncia no mesmo tribunal, por risco de genocídio na questão envolvendo indígenas e a pandemia. Agora, no entanto, a representação considera que o genocídio da população brasileira já está em curso, provocado por medidas da gestão federal.
Na denúncia, feita por sindicatos de profissionais de saúde, considera-se que existe "dolo" e "intenção na postura do presidente, quando adota medidas que ferem os direitos humanos e desprotegem a população, colocando-a em situação de risco em larga escala, especialmente os grupos étnicos vulneráveis".
No documento de 64 páginas submetido à procuradora-geral do Tribunal, Fatou Bensouda, as entidades denunciam uma atitude de "menosprezo, descaso, negacionismo" e que "trouxe consequências desastrosas, com consequente crescimento da disseminação, total estrangulamento dos serviços de saúde, que se viu sem as mínimas condições de prestar assistência às populações, advindo disso, mortes sem mais controles". "A omissão do governo brasileiro caracteriza crime contra a humanidade genocídio", diz o texto.
"É urgente a abertura de procedimento investigatório junto a esse Tribunal Penal Internacional, para evitar que dos 210 milhões de brasileiros, uma parcela possa se salvar das consequências desastrosas dos atos irresponsáveis do senhor Presidente da República", apontam
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