Primeira fábrica de insulina do hemisfério Sul será construída na Bahia
Por unanimidade, deputados aprovaram nesta quinta-feira (27), a criação da Companhia Baiana
de Insulina (Bahiainsulina), que integrará a estrutura da administração pública indireta, vinculada
à Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O próximo passo é a sanção pelo governador Rui
Costa, tornando concreto, após três anos de planejamento, o projeto de construção da primeira
fábrica de insulina do hemisfério Sul do planeta, com um investimento estimado em R$ 200 milhões,
sendo 100% subsidiada pela iniciativa privada.
De acordo com o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, a Bahiainsulina representa
um importante avanço para a construção de um polo biotecnológico para o fortalecimento
do Complexo Industrial da Saúde no Estado da Bahia e no Brasil. “A Bahiainsulina será o braço
fabril da Bahiafarma para a produção de insulina para o SUS. O equipamento será o primeiro do
país a produzir insulina e, quando em funcionamento, deixará de lado a necessidade de importação.
A nova companhia poderá também comercializar o excedente de sua produção no mercado privado
e mercado externo. A concretização desse projeto só foi possível com a liderança do governador Rui
Costa, que criou as condições adequadas para essa realidade”, afirma Vilas-Boas.
A Bahiafarma é detentora da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) de insulina humana
e tem como desafio tecnológico nacionalizar a produção deste insumo essencial. Essa PDP garante
que o Ministério da Saúde adquira da Bahiafarma 50% da demanda nacional do SUS.
Pelo menos 12 milhões de pessoas vivem com diabetes e necessitam da substância no país.
A estimativa da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBE) é de que na Bahia 203.708 pessoas
tenham a doença. Na capital são 13.323.
Além dos impactos positivos na área de saúde, no caso da economia baiana, a operação representa o
desenvolvimento de um novo segmento industrial, com alta tecnologia. A fábrica prevê a geração de
até 300 empregos diretos e mil indiretos.
Indústria nacional
No cenário mundial, três empresas detêm cerca de 80% do mercado, o que é um risco para quem é
insulinodependente, tendo em vista as práticas de dumping para eliminar a concorrência, tabelamento
internacional e, sempre que possível, elevação de preço da insulina.
a Indar, laboratório ucraniano que fará a transferência de tecnologia. É importante ressaltar que a Indar
cumpre com todas as exigências regulatórias brasileiras e nunca ocorreu quaisquer problemas
registrados com a farmacovigilância. A Bahiafarma participa ativamente dos processos de
transferência de tecnologia e de consolidação da produção nacional da insulina recombinante
humana e seus derivados.
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