Wilson Witzel criou esquema de “rachadinha” na Saúde do Rio, diz PGR
Indícios de um novo crime de desvio de dinheiro público na área de Saúde do Rio de Janeiro, durante o governo de Wilson Witzel (PSC), vieram à tona. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), um esquema de “rachadinha” teria sido instalado no Fundo Estadual de Saúde de sete prefeituras do estado. A informação é do jornal O Globo.
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma segunda denúncia de desvio de dinheiro público e afirma que Witzel comandava o esquema. Apontado como operador financeiro, o empresário Edson Torres contou como o esquema funcionava durante depoimento.
O depoimento do delator aponta que a Secretaria Estadual de Saúde planejou transferir R$ 600 milhões aos fundos municipais. Cada cidade recebia uma quantia proporcional ao seu tamanho, o que nem sempre ocorria. Torres afirma que a ideia era superfaturar obras para que o lucro fosse repassado ao núcleo comandado pelo Pastor Everaldo.
“O valor era recolhido junto aos prefeitos, ou a quem eles indicavam, por Pedro Osório, que entregava o dinheiro para o Edson Torres ou para Pastor Everaldo. Além destes municípios, também foram recolhidos valores nas cidades de Magé, Saquarema e São Gonçalo. Nesses três municípios, o recolhimento foi feito por pessoa de nome Leandro Pinto Coccaro, empresário na área de medicamentos”, afirmou o empresário.
Witzel é citado na delação de Edmar Santos. O governador afastado teria indicado outro município para receber repasses do Fundo Estadual de Saúde. A cidade escolhida teria sido Duque de Caxias, por conta da proximidade que Witzel tem com o prefeito Washington Reis.
Fonte: PoliticaAoVivo