A educação é um valor e um direito fundamental para a sociedade. Ele depende de quem é o seu
sujeito: o educando, o educante e a sociedade beneficiada, segundo Paulo Freire.
O valor e a importância da educação são medidos conforme vários critérios, seja pela necessidade
de empoderamento intelectual, de crescimento econômico-financeiro individual, ou de capacitação
técnica e científica para a sociedade industrial, tecnológica - midiática ou produtiva.
É de se pensar nos paradoxos e perplexidades. Em tempos de crises econômicas e sociais a
educação de ponta surge como tábua de salvação, ainda que os negacionistas queiram acusá-la de
matar Deus ou incitar a militância sexista e ideológica. Mas a educação não é uma necessidade
absoluta e imprescindível, o Presidente da República está aí para provar esta tese.
A crise da saúde pública enormes quantidade de fatos e materiais de análises é reflexões críticas, quando à
sua essencialidade para o desenvolvimento social e familiar.
Os valores sociais estão em potencial e acalorados questionamentos: vida, saúde ou educação? A
volta às aulas é essencial? A educação presencial pode esperar? A vida e saúde dos professores e
familiares vulneráveis com comorbidades deve ser protegida?
Em tempos sombrios, de vexames e negacionismos do valor da vida, a educação e as aulas não
podem ser colocadas como meio de "depositar as crianças nas Escolas", livrando os pais do dever
temporário do cuidado.
Ocorre que a sociedade capitalista exige do homem a busca pela produção e o lucro como meios
absolutos de sobrevivência, as empresas exigem a presença no trabalho é nem todos podem pagar
empregados domésticos.
É de se pensar nos valores fundamentais e nos paradoxos. Por exemplo: o fato de Barreiras não ter
sido incluída no Decreto do governo do Estado, para fechamento parcial não significa, que
devemos voltar às aulas, sem que a Secretaria da Saúde demonstre que há vagas suficientes nos
Hospitais, e que não está com sua capacidade de internação e UTI em pleno funcionamento,
deixando as paixões políticas e ideológicas nos cemitérios.
A nova variante da COVID-19, com mais capacidade de contaminação e letalidade de morte já
chegou no Oeste da Bahia, segundo pesquisador da UFOB, no momento que a sanha de alguns,
inclusive autoridades públicas, que deveriam ver o problema para além de interesses econômicos,
individuais e mesquinhos falam e defendem a volta às aulas. Não devemos esquecer, que o
Supremo Tribunal Federal já decidiu, que a doença de COVID-19 é considerada equiparada a
acidente de trabalho, e que o nexo causal entre a contaminação e a morte não precisa de provado -
dentro da teoria objetiva da atividade laboral - e podem causar danos morais passíveis de ação
indenizatória.
Um alerta a todos: observe quem quer colocar sua vida e sua saúde em perigo. A COVID não mata,
somente, deixa sequelas. Como diz o ditado popular: pimenta no dos outros é refresco!
Dr. Airton Pinto
Professor, Jurista e Coordenador Municipal do Partido REDE SUSTENTABILIDADE no Oeste
da Bahia.