Em coletiva concedida na manhã desta sexta, 16 de abril de 2021, o atual prefeito do município de Angical, Emerson Mariani Dias, popularmente conhecido como Mezo (PMDB), trouxe à tona questões graves relacionadas a desfalques de dinheiro nos cofres públicos do município do último quadriênio. O Jornal Cidade1, como sempre, esteve presente e presenciou mais um episódio da pergunta que já se tornou cotidiana em nossa região: cadê o dinheiro que estava aqui? O atual prefeito Mezo (PMDB), após assumir a nova gestão em 2021, dentro do processo de transição, para além da crise relacionada ao agravamento da pandemia de covid-19 na região, esbarrou com uma, também grave, crise financeira. Segundo os dados apurados e apresentados na coletiva promovida pelo atual prefeito, o saldo do caixa deixado pela gestão anterior, do ex-prefeito Gilson Bezerra de Souza, popularmente Gilsão (DEM), estava na ordem dos R$528.038 reais.
No documento apresentado em coletiva por Mezo, do valor creditado de R$800.000 reais em 10 de janeiro desse ano, R$799.954 reais foram debitados para pagamento de dívidas, em sua maioria, pendências da gestão de Gilsão. O valor de R$45.101,03 reais, que restou em caixa, não foi suficiente inclusive para pagamento da folha de servidores municipais ainda referentes a dezembro de 2020.
Na coletiva realizada na câmara municipal do município, Mezo declarou que “o maior desafio da atual gestão seria reestruturar e equilibrar as contas do município, equilibrar as contas, nós não temos uma folha pequena”. Para além do não pagamento e acúmulo de dívida do 13º dos servidores, Mezo também apresentou gastos exorbitantes deixadas pela gestão anterior, dentre os valores, o montante de R$7.339.748,33 teriam sido gastos apenas em combustível.
Somente em um posto situado no município de Capim Grosso, interior da Bahia e fora da rota do município, foram pagos R$358.900,00 de combustível. Mezo chamou a atenção para o fato do valor exorbitante e do processo com ausência de licitação em plena pandemia, com restrições de deslocamento e viagens no Estado. Além desses valores, no restaurante Bode e Cia, situado no município de Barreiras, foram gastos R$525.247,00 reais.
A título de comparação, o município de Barreiras que é maior
em termos de dimensão e de administração, não possui uma despesa tão alta com
refeições. A situação se agrava com possíveis irregularidades no recurso do FUNDEB ,
R$13.841.355,51, e a crise da saúde, R$5.040.979,49 recebidos em 2020, com incremento de R$1.609.670,63 para o combate ao covid-19 de onde não se restou nenhum recurso. Diante desses e demais valores apresentados por Mezo, a atual gestão informou que irá abrir um processo administrativo com base na Lei Anticorrupção e irá recorrer ao judiciário para que sejam feitas os devidos esclarecimentos e recuperação de qualquer dinheiro do município que tenha sido gasto indevidamente ou desviado.
Mezo também declarou que “não há nada a se escondido, os extratos bancários da prefeitura estão aqui e nós precisamos agir diferente”, se referindo à transparência e o devidotratamento dos gestores com o dinheiro público.
A equipe do Jornal Cidade1 segue acompanhando a situação e contribuindo com o maior
questionamento à gestão de Gilsão em Angical: cadê o dinheiro que estava aqui?
Fonte: Jornalcidade1.com.br