por Leandro Aragão
Afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo divulgou nota nesta quinta-feira (26) afirmando que não vai renunciar ao cargo. O dirigente, acusado de assédio moral e sexual por um funcionária da entidade, ainda se disse surpreso com o pedido dos mandatários das federações de futebol do país que pediam a sua saída definitiva do comando (leia aqui).
"Registro minha surpresa ao receber, nesta data, carta dos representantes das federações, concitando minha renúncia. A surpresa decorre do fato de que tenho recebido o vivo apoio de muitas federações, que se manifestam de forma contrária ao golpe que se busca armar. De toda sorte, esclareço que não irei renunciar ao cargo, para o qual fui eleito com 96,4% dos votos. Ainda tenho muito a contribuir para a CBF", declarou no comunicado.
Para o lugar de Caboclo, o Conselho de Administração da CBF escolheu o vice-presidente Ednaldo Rodrigues para ocupar a presidência interinamente (veja aqui). O presidente afastado disse que a indicação deveria ter sido sua, mas concordou com o nome do dirigente baiano.
"O Conselho de Administração, extrapolando suas funções, indicou, nesta quarta-feira, o Vice-Presidente Ednaldo Rodrigues para esse cargo. Contudo, era exatamente esse mesmo Vice-Presidente que, na condição de presidente da CBF, indicaria para o cargo, por acreditar que ele, neste momento, irá conduzir a CBF com serenidade, evitando um golpe que mancharia a história da instituição", afirmou.
Leia, na íntegra, a nota de Caboclo:
"Em primeiro lugar, registro que a indicação para o ocupante interino do cargo de Presidente da CBF cabe exclusivamente ao presidente afastado, de acordo com a inequívoca redação do estatuto da entidade.
O Conselho de Administração, extrapolando suas funções, indicou, nesta quarta-feira, o Vice-Presidente Ednaldo Rodrigues para esse cargo.
Contudo, era exatamente esse mesmo Vice-Presidente que, na condição de presidente da CBF, indicaria para o cargo, por acreditar que ele, neste momento, irá conduzir a CBF com serenidade, evitando um golpe que mancharia a história da instituição.
Registro minha surpresa ao receber, nesta data, carta dos representantes das federações, concitando minha renúncia.
A surpresa decorre do fato de que tenho recebido o vivo apoio de muitas federações, que se manifestam de forma contrária ao golpe que se busca armar.
De toda sorte, esclareço que não irei renunciar ao cargo, para o qual fui eleito com 96,4% dos votos. Ainda tenho muito a contribuir para a CBF.
Tenho convicção de que a legalidade será restabelecida. Com os fatos examinados de forma objetiva pela Assembleia da entidade, franqueando-se a liberdade de defesa, meu legítimo mandato será restituído.
Nenhuma instituição sobrevive à politicagem vil, aos golpes. A CBF tem que ser maior do que isso e respeitar as suas próprias regras.
Rogério Caboclo, presidente eleito da CBF"