Durante reunião com integrantes do primeiro escalão do GDF e 23 deputados distritais, nesta sexta-feira (3/2), a governadora em exercício, Celina Leão, reiterou que é favorável à volta do governador afastado, Ibaneis Rocha, ao Buriti antes dos 90 dias determinados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "A equipe jurídica de Ibaneis Rocha está fazendo o pedido para que ele retorne ao cargo e a gente espera com muita expectativa uma decisão positiva nesse sentido. Eu continuo sendo a vice-governadora, colaboradora, vou ajudar ele em várias decisões, vou ajudar na interlocução com a CLDF e em todas as áreas", disse a governadora em exercício.
"Estou quebrando a cabeça para entender porque ele ainda não voltou. O ex-interventor, em seu relatório, identificou que Ibaneis não teve culpa. Só tenho uma palavra pra descrever isso: injustiça", opinou o deputado Joaquim Roriz Neto (PL) sobre o afastamento de Ibaneis.
Ibaneis foi afastado do cargo em 9 de janeiro, oito dias após tomar posse, por uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ratificada por nove dos 11 ministros da Corte.
O governador também tem o apoio de parte da bancada do DF no Congresso Nacional. Deputados federais e senadores assinaram uma nota pública onde solicitam ao STF o retorno imediato de Ibaneis Rocha ao Buriti. "Há quase um mês e sem provas divulgadas de seu envolvimento nos atos de vandalismo perpetrados no último dia 8 de janeiro, não há justificativas para que o governador permaneça afastado do cargo. Ibaneis Rocha foi eleito pelo povo do Distrito Federal, em primeiro turno, e nós, representantes igualmente eleitos, consideramos urgente que sejam restabelecidas as suas funções para que a capital volte à sua normalidade", disse a nota.
O documento foi elaborado pelo senador Izalci Lucas (PSDB) e assinado também pelos senadores Leila Barros (PDT) e Damares Alves (Republicanos), e pelos deputados Bia Kicis (PL), Alberto Fraga (PL), Rafael Prudente (MDB), Júlio César (Republicanos) e Paulo Fernando (Republicanos/suplente).
A deputada federal Erica Kokay (PT) posicionou-se contra o conteúdo do documento. Os deputados federais Gilvan Máximo e Fred Linhares (ambos do Republicanos) não participaram da reunião onde foi elaborada a nota. O deputado federal Reginaldo Veras (PV) não se manifestou sobre o assunto.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE