O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (6/2) que os ataques golpistas ocorridos no 8 de janeiro decorreram da “revolta dos ricos que perderam as eleições”. A declaração ocorreu durante a cerimônia de posse do presidente do banco, Aloizio Mercadante, no Rio de Janeiro.
“O que aconteceu no Palácio do Planalto, na Suprema Corte e no Congresso, foi uma revolta dos ricos que perderam as eleições. Foi a revolta de muita gente rica que perderam as eleições”, apontou.
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“Nós não podemos brincar porque um dia o povo pobre pode se cansar de ser pobre e resolver fazer as coisas mudarem nesse país. Eu ganhei as eleições exatamente para fazer as mudanças que não eram feitas. Se nós conseguirmos decepcionar esse povo e o povo passar a desacreditar de nós, fico pensando o que será desse país. Esse país não pode continuar sendo governado para uma pequena parcela da sociedade, mas para a grande maioria do povo brasileiro”, completou.
Reajuste salarial
O petista comentou ainda sobre a falta de reajuste salarial de servidores públicos e do próprio salário mínimo. “Eu vi a felicidade dos funcionários do BNDES batendo palmas para você (Aloízio). Eu não sei há quanto tempo eles estão sem receber aumento de salário. Mas os servidores públicos federais estão há sete anos sem receber aumento de salário. O salário mínimo faz sete anos que não aumenta.”
“A minha pergunta é: como que a gente pode falar em estabilidade, previsibilidade, credibilidade se a gente sequer cumpre o dever de reajustar o salário mínimo todo ano. Não apenas de acordo com a inflação, mas dar um pouco do crescimento da economia, quando ela crescer, para repartir com o povo?”, questionou.
Em referência ao novo presidente do BNDES, Mercadante, Lula disse “botar muita fé” em sua gestão.
“Você não tem noção da fé que estou tendo em você. Por isso quero que saiba da responsabilidade que você tem. Só tem uma missão aqui que é fazer esse banco voltar a ser orgulho do povo brasileiro e que o banco esteja de portas abertas para os empresários que precisarem fazer investimento em coisa novas. Que esteja aberto para financiar se a iniciativa privada não quiser. O que a gente não pode é ficar com o país paralizado como está até hoje”, concluiu.
Agenda positiva
Às 15h, ainda na capital fluminense, o petista participará da cerimônia de inauguração de unidades do complexo Super Centro Carioca de Saúde, com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e do anúncio do lançamento da Política Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, retornando no final da tarde para Brasília.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE