O Festival da Primavera, promovido pela Prefeitura de Barreiras sob a liderança do prefeito Zito Barbosa, tem gerado intensos debates na cidade. Com atrações de renome, como o cantor Wesley Safadão, cujo cachê ultrapassa meio milhão de reais, e uma estrutura de evento que parece não poupar recursos, muitos questionam a alocação de verbas públicas. É preocupante que o poder público permita um evento com som e barulho intenso próximo a áreas habitadas por idosos e hospitais, como o Hospital do Oeste e o Hospital Eurico Dutra, enquanto a cidade enfrenta uma crise na saúde e depende de uma UPA para atender às suas necessidades emergenciais.
A situação da saúde pública é alarmante. Os postos e hospitais estão carentes de médicos e enfrentam filas intermináveis. Muitos barreirenses relatam um desrespeito crescente com a população, destacando que a atual gestão não conseguiu lidar adequadamente com as necessidades básicas de saúde. Além disso, a cidade ainda não possui uma sede própria de prefeitura, sendo a única no oeste da Bahia nessa situação. A antiga sede, vendida pela gestão atual, deixou um vazio institucional que reflete a falta de infraestrutura.
Na véspera das eleições, a gestão de Zito Barbosa e sua tentativa de promoção do candidato a prefeito Otoniel Teixeira levantam suspeitas. A destinação de altos valores para o festival, enquanto áreas essenciais como saúde e infraestrutura são negligenciadas, alimenta a percepção de que a atual administração pode estar usando os recursos públicos de maneira inadequada para beneficiar seu candidato. Essas questões acendem um debate crucial sobre a prioridade dos investimentos públicos e a responsabilidade dos gestores com a população, especialmente em tempos eleitorais.